Imagem: Prefeitura de Barcelona
Prefeitura disponibiliza mais de 350 espaços climatizados gratuitamente, garantindo conforto térmico e acessibilidade para moradores e turistas em dias de calor ou frio extremo
De modo geral, a Europa tem aquecido mais rapidamente do que qualquer outro continente nas últimas décadas. Aliás, o verão de 2024 foi o mais quente já registrado na história do “Velho Mundo”. Por isso, muitos governos têm colocado em prática iniciativas que visam mitigar os efeitos das mudanças climáticas sobre suas populações.
A Espanha – onde 6,2% das mortes prematuras podem ser atribuídas ao calor – é um dos países que têm se destacado nesse aspecto.
No ano passado, contamos que Madri criou um festival cultural gratuito em ambientes climatizados para tentar “tirar” cidadãos e turistas das ruas da cidade nos horários em que o calor intenso poderia ser prejudicial à saúde. Agora, é hora de conhecer as iniciativas de Barcelona.
A segunda cidade mais populosa do país criou uma rede de abrigos climáticos gratuitos, acessíveis a pessoas com deficiência e que dispõem de assentos confortáveis e água potável gratuita. Esses ambientes, identificados com um símbolo especial e listados em um mapa interativo no site da prefeitura, mantêm uma temperatura máxima de 26 °C nos meses de calor e de 21 °C nos meses de frio.
Entre os espaços transformados em abrigos climáticos estão centros cívicos, bibliotecas, museus e parques. No início do projeto, em 2020, havia 70 locais devidamente preparados para funcionar como abrigo climático. No ano passado, que registrou em julho o mês mais quente em 110 anos, a rede já contemplava 350 locais. A meta é que, até 2030, todos os moradores da cidade tenham um refúgio climático a menos de 5 minutos a pé de casa.
A medida visa combater os efeitos do calor urbano, que pode ser até 15 °C mais intenso nas cidades devido ao “efeito de ilha de calor”, proteger especialmente os grupos vulneráveis – como idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas – e ajudar a reduzir o risco de doenças relacionadas ao calor.
Embora os espaços públicos já ofereçam acesso à comunidade, a criação de uma rede oficial assegura padrões mínimos de conforto e acessibilidade. Assim, Barcelona demonstra como medidas criativas e bem planejadas podem mitigar os impactos das mudanças climáticas nas áreas urbanas, protegendo populações vulneráveis e promovendo bem-estar.
Diante de um cenário global de aquecimento, fica a pergunta: quantas outras cidades estão prontas para transformar seus espaços públicos em soluções climáticas inovadoras e inclusivas?
Informações: Prefeitura de Barcelona
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