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Brasil, Azerbaijão e Emirados Árabes Unidos formam aliança para acelerar a ação climática

“Troica” visa impulsionar a ação climática e aumentar a cooperação entre as presidências das COPs 28, 29 e 30

Na semana passada, representantes dos governos do Azerbaijão, Brasil e Emirados Árabes Unidos anunciaram a formação da “Troica das Presidências da COP”, uma colaboração inédita entre as lideranças das Conferências da ONU sobre o Clima.

Resultado de uma articulação costurada na COP28, o grupo tem dois grandes objetivos:

  • Impulsionar a ambição climática das novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) – metas que os 198 países-membros da convenção do clima devem apresentar na COP30;
  • Fechar a lacuna entre as promessas e a ação climática dos países para limitar o aquecimento global a 1,5º Celsius.

Ou seja, até 2030, Brasil, Azerbaijão e Emirados Árabes Unidos trabalharão juntos para alinhar meios de implementação como financiamento, capacidades, tecnologias e arranjos para cooperação voltados para a ação climática.

A representante brasileira no lançamento da iniciativa foi Ana Toni, Secretária de Mudança do Clima (MMA). Na ocasião, ela disse:

“A COP29 [que acontece este ano, no Azerbaijão] tem como objetivo chegar a acordo sobre o financiamento necessário para enfrentar a mudança do clima, incluindo a nova meta que os países em desenvolvidos precisarão assumir para ajudar os países em desenvolvimento. (…) Na COP30 [que será em 2025, no Brasil], esperamos que as novas NDCs estejam alinhadas à [meta de manter o aquecimento em] 1,5ºC e tenham planos e meios de implementação robustos, concretizando a transformação dos resultados dos consensos globais em políticas públicas nacionais.”

Em vídeo, Marina Silva, ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, destacou a importância de se estabelecer um calendário para a transição proposta pelo Balanço Global da COP28 e garantir meios de implementação para efetivá-la.

“Cabe a nós conectar os recursos de que a espécie humana dispõe para acelerar ação e ambição em compromissos climáticos. É preciso desde já alinhar ao máximo as NDCs existentes ao objetivo de 1,5ºC e apoiá-las com financiamento igualmente ambicioso, que nos leve a zerar as emissões líquidas da humanidade até 2050”, afirmou a ministra. “Trabalharemos incansavelmente para isso”, concluiu.

Informações: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima


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Redação A Economia B

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