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Relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) revela o que levou ao recorde nas emissões de CO₂ do setor energético e destaca descobertas positivas
As emissões de CO₂ (dióxido de carbono) relacionadas ao setor energético bateram recorde em 2023, alcançando 37,4 bilhões de toneladas, aponta o novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA).
Segundo a entidade, esse número representa um crescimento de 410 milhões de toneladas (ou 1,1%) em relação a 2022. A boa notícia é que esse aumento foi menor do que o registrado em 2022 – quando houve um acréscimo de 490 milhões de toneladas em relação ao ano anterior (2021).
“A expansão contínua de energia solar fotovoltaica, eólica, energia nuclear e carros elétricos ajudou o mundo a evitar um maior uso de combustíveis fósseis. Sem tecnologias de energia limpa, o aumento global nas emissões de CO₂ nos últimos cinco anos teria sido três vezes maior” indica a IEA.
O documento explica que a geração hidrelétrica foi afetada pelas secas severas causadas pelas mudanças climáticas e pelo fenômeno El Niño no ano passado, o que fez com que alguns países recorressem a termelétricas, resultando em um aumento de 40% nas emissões do setor elétrico mundial.
Ainda que o cenário seja desafiador, a IEA reconhece que alguns avanços importantes aconteceram no ano passado…
Para começar, 2023 foi o primeiro ano em que pelo menos metade da produção de eletricidade nos países industrializados veio de fontes de baixas emissões.
Inclusive, nos Estados Unidos e na União Europeia, as emissões de CO₂ relacionadas à energia caíram 4,1% e 9%, respectivamente, impulsionadas pelo aumento na produção de energia renovável.
Embora a China tenha contribuído para o aumento global de emissões, também liderou cerca de 60% das adições globais de energia solar, eólica e veículos elétricos em 2023.
Além disso, de 2019 a 2023, o crescimento em energias limpas foi duas vezes maior do que o dos combustíveis fósseis.
Por fim, a nova análise da IEA mostra que a implantação de tecnologias de energia limpa nos últimos cinco anos limitou substancialmente os aumentos na demanda por combustíveis fósseis, proporcionando a oportunidade de acelerar a transição para longe deles nesta década.
Leia também: O caminho da Índia para se tornar autossuficiente em energia
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