ESG

Google Map(s) das emissões de metano

Google e Environmental Defense Fund (EDF) se unem para mapear emissões de metano a partir de modelagem de inteligência artificial e imagens de satélite

Que o dióxido de carbono (CO₂) é um dos vilões da crise climática todo mundo sabe. Porém, há um outro personagem que apesar de não ter tanta fama, é igualmente perigoso: o metano (CH4). Principal componente dos combustíveis fósseis, o CH4 tem um poder de aquecimento 80 vezes maior do que o CO₂ durante seus primeiros 20 anos na atmosfera.

Além disso, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), é responsável por cerca de 30% do aumento médio da temperatura global desde a Revolução Industrial. E ainda, o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas estima que entre 50% e 65% das emissões de metano vêm de atividades humanas.

Onde entra o Google?

Na semana passada, o Google anunciou uma parceria com o Environmental Defense Fund (EDF) para utilizar imagens do satélite MethaneSAT (previsto para entrar em órbita no mês que vem), combinadas com modelagem de IA, para criar um mapa de vazamentos de metano – que será disponibilizado no Google Earth Engine.

O objetivo é identificar as emissões de metano e, a partir disso, gerar oportunidades para ações climáticas mais ambiciosas de governos e da indústria de combustíveis fósseis – o Google revelou que não vai notificar as empresas responsáveis por vazamentos, mas garantiu que disponibilizará as informações para governos e reguladores, e que caberá a eles agir.

A expectativa é que essa iniciativa facilite o rastreamento da emissão de metano, auxilie na correção de vazamentos e, assim, contribua para frear o aquecimento global.

Leia também:
Tecnologias climáticas: soluções para regenerar o planeta


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Redação A Economia B

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