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Reino Unido se compromete a reduzir suas emissões em 81% até 2035

Novo plano climático britânico prevê ainda triplicar energia renovável, proteger biodiversidade e investir £11,6 bilhões em ações climáticas globais

A lista de países que já oficializaram suas novas metas climáticas acaba de ganhar um novo membro: o Reino Unido.

No documento apresentado na semana passada, o governo britânico se compromete a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 81% até 2035, em relação aos níveis de 1990. O objetivo se alinha às recomendações do Comitê de Mudanças Climáticas (CCC) e incorpora as diretrizes da Revisão Global da COP28, incluindo o compromisso de interromper novas extrações de petróleo e gás, triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a eficiência energética.

A nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) britânica também vincula sua estratégia climática às próximas Estratégias e Planos de Ação Nacionais para a Biodiversidade (NBSAPs), garantindo uma abordagem integrada para a ação climática e a restauração da biodiversidade. 

Além dos compromissos climáticos, o Reino Unido reforçou a promessa de destinar de destinar £11,6 bilhões em financiamento climático internacional até 2025/2026, incluindo investimentos em soluções baseadas na natureza

No entanto, críticos alertam que a NDC não define metas setoriais específicas, o que pode dificultar a prestação de contas. 

Para enfrentar essas preocupações, o governo prometeu um plano de execução abrangente, detalhando estratégias para atingir as metas de 2030 e 2035 e avançar para alcançar emissões líquidas zero até 2050.

Em um cenário global de incertezas, especialmente com o novo mandato de Donald Trump e a saída dos EUA do Acordo de Paris, a postura britânica tem sido bem recebida por ambientalistas e aliados internacionais. O anúncio ganha ainda mais relevância considerando a proximidade da COP30, que acontecerá no Brasil em novembro e representa uma nova oportunidade para demonstrar compromisso com a ação climática.

Leia também:
Especialistas criticam nova meta brasileira de corte de emissões


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Redação A Economia B

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