Foto de Tim Umphreys na Unsplash
CoffeeBots, solução feita a partir da borra de café, é capaz de remover óleo, microplásticos e corantes da água, oferecendo uma alternativa sustentável e acessível para ampliar o acesso à água potável
Você sabia que a humanidade produz 300 milhões de toneladas de lixo plástico por ano e que isso equivale quase ao peso total da população mundial?
Desse total, 11 milhões de toneladas vão parar nos oceanos – volume que seria capaz de encher um caminhão de lixo por minuto.
O relatório Da Poluição à Solução: Uma Análise Global sobre Lixo Marinho e Poluição Plástica, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente revela ainda que, sem uma ação urgente, a quantidade de plástico que chega aos oceanos anualmente poderá triplicar nas próximas décadas.
A vida marinha, a saúde humana e até a economia global sofrem prejuízos incalculáveis por conta da poluição plástica nos oceanos. E esse é apenas um recorte do problema da poluição aquática.
Ao mesmo tempo, pelo menos 6 milhões de toneladas de borra de café são produzidas anualmente…
Pesquisadores da Universidade George Mason, nos Estados Unidos, desenvolveram uma solução inovadora para limpar água. Chamada de “CoffeeBots”, a solução é feita usando o subproduto da produção de café revestido com nanopartículas de óxido de ferro, o que o torna magnético.
Na prática, os CoffeeBots são capazes de atrair óleo, microplásticos e o corante azul de metileno (um produto tóxico que pode ter efeitos adversos tanto em humanos quanto na vida marinha e é comumente usado na produção têxtil), facilitando sua remoção da água e oferecendo uma alternativa sustentável e acessível para enfrentar a poluição marinha.
Uma pesquisa feita após os primeiros testes com a solução mostrou que ela é especialmente eficaz na limpeza de poluentes em movimento, superando métodos tradicionais de remoção estática.
Além disso, os CoffeeBots podem ser reutilizados várias vezes com pouca perda de eficácia. Ou seja, essa é uma solução de baixo custo e ambientalmente amigável para enfrentar o problema de contaminação da água.
A equipe liderada pelo professor Jeff Moran já entrou com um pedido de patente para a tecnologia e planeja explorar a energia solar para operar os CoffeeBots e ampliar o tipo de poluentes que eles podem remover. O objetivo final é criar o procedimento mais simples para ajudar o maior número de pessoas a ter acesso à água limpa.
Leia também: Borra de café pode virar cogumelo?
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