Entrevistas

Gestão bioinspirada: nova forma de gestão para novos tempos

Conheça o conceito de gestão bioinspirada e entenda a importância dessa nova forma de gestão para o futuro da sua empresa, do planeta e da humanidade

Já pensou em se inspirar na sabedoria e na complexidade da natureza para fazer a gestão de sua empresa? 

Essa teoria parte do princípio de que alguns modelos de gestão tradicionais estão falidos. Termos consagrados – como “Recursos Humanos”, “capital humano”, “recolocação”, dentre outros – exemplificam essa incoerência que nos acostumamos a achar normal. O ser humano se tornou um insumo, uma matéria-prima para a execução do trabalho.

Porém, como bem aponta a nossa entrevistada – que você vai conhecer a seguir – “tratar pessoas como máquinas infalíveis, como se fossem robôs, não vai rolar. As pessoas têm medo, sentem inveja, sofrem com cólica menstrual, têm fossa, têm luto. Nós somos excelentes para lidar com a complexidade. Mas, artificialmente, fomos ‘adestrados’ a funcionar como máquinas. E isso é antinatural.”

É a partir de uma busca para mudar essa realidade que Patricia Riccelli Galante de Sá baseia seu trabalho e seus estudos. 

Há 20 anos, ela está à frente da RegeNarrativa, consultoria que, usando a abordagem da regeneração e da gestão bioinspirada, ajuda a formar negócios melhores para o mundo e auxilia empresas e líderes a adaptarem seus modelos de negócio para a Nova Economia.

Ela é formada em Relações Públicas, tem MBA em Administração de Empresas e é pós-graduada em Economia para a Transição por uma das instituições mais prestigiadas do mundo quando o assunto é educação corporativa voltada a questões ambientais, a Schumacher College, do Reino Unido. 

Durante o bate-papo, falamos sobre: gestão bioinspirada, comunicação regenerativa, nova economia, bons exemplos de negócios bioinspirados e tendências para o futuro pós-pandemia.

Boa leitura!

A Economia B – O que é gestão bioinspirada?

Patricia Riccelli Galante de Sá – Esse nome eu peguei emprestado da Lush, uma empresa inglesa de cosméticos muito engajada. A Lush trabalha de forma muito orgânica em sua estrutura interna. É como se fosse uma sociocracia – uma maneira muito diferente de trabalhar. Um sinônimo para a gestão bioinspirada poderia ser biomimética. Tudo isso para camuflar algo que costuma assustar muitas pessoas, que é falar de complexidade.

Basicamente, a gestão bioinspirada rompe com a gestão tradicional, que é uma gestão mecânica (uma herança da Revolução Industrial), que parte do princípio de que o mundo e as empresas são máquinas que você pode prever e controlar. Portanto, esse modelo erra por ignorar toda a parte mais subjetiva, metafísica, emocional e senciente da equação. Erra por ignorar a complexidade das relações humanas.

Máquina não cansa, máquina não chora, máquina não tem medo. E as organizações, durante muitos anos, se estruturaram dessa forma. A própria nomenclatura toda – capital humano, Recursos Humanos – olha o humano como um insumo. 

A gestão bioinspirada trabalha com os sistemas, mas com os sistemas vivos.

*A biomimética é a área que estuda os princípios criativos e as estratégias da natureza visando a criação de soluções para os problemas atuais da humanidade, unindo funcionalidade, estética e sustentabilidade.

E como se deve trabalhar com um sistema vivo?

O sistema vivo é complexo e é regido por algumas leis ou princípios. 

Por exemplo, as partes são interdependentes, a saúde do todo depende da saúde das partes, o caos é bem-vindo, faz parte

A gente pode usar aquelas bonequinhas de matrioskas para exemplificar – uma bonequinha dentro de uma maior, e assim por diante. É um sistema  pequeno, que está lá dentro, e pode começar a vibrar e ir transformando o sistema maior. 

De que forma a gestão bioinspirada ajuda em períodos complexos, como o que estamos vivendo?

Gestão bioinspirada nada mais é do que você olhar os princípios pelos quais a natureza funciona e trazer a lógica desses princípios para dentro da organização e para o mercado. E, ao contrário do que podemos imaginar, nós somos excelentes para lidar com a complexidade. Isso já vem numa forma atávica de como funcionamos no mundo. 

Nós andamos e nos organizamos dentro de uma cidade pela complexidade. Ninguém diz o que cada um tem que fazer. As pessoas vão se colocando em relação umas com as outras e isso vai funcionando. Dentro de uma empresa é a mesma coisa.

Nós somos excelentes para lidar com a complexidade. Mas, artificialmente, fomos “adestrados” a funcionar como máquinas. E isso é antinatural.

É uma narrativa compartilhada e cristalizada como se fosse verdade. 

Tratar pessoas como máquinas infalíveis, como se fossem robôs, não vai rolar. As pessoas têm medo, sentem inveja, sofrem com cólica menstrual, têm “fossa”, têm luto. 

O modelo atual não está conseguindo mais sobreviver porque estamos em outro contexto – o chamado mundo VUCA (Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade), o mundo acelerado pela tecnologia.

A gente já vive nesse ambiente e não podemos continuar tentando usar o mindset e as estruturas mecânicas do mundo industrial de controle com tudo previsto e manual. Não dá. A gente precisa buscar outra forma de gerir as coisas. Uma forma mais fluida e mais orgânica. E é aí que entra a gestão bioinspirada.

Quais são as suas dicas para o gestor que deseja inserir a gestão bioinspirada em sua empresa?

Dá para começar a inserir a gestão bioinspirada com pequenas ações. 

Uma das coisas que algumas empresas estão fazendo é criar hubs de informação em que trazem um ecossistema de startup para dentro delas. Como são estruturas menores, conseguem ser mais fluidas. O grande erro é quando a empresa faz isso, mas começa a matar toda essa fluidez da startup. Então, o ideal é assim: deixe as pessoas trabalharem com autonomia.

A segunda coisa é abrir espaços para o caos. Para isso, é preciso trazer espaços colaborativos e co-criativos. Aliás, outra coisa do princípio do sistema de gestão bioinspirada é a diversidade, tão importante para a colaboração e para a criação. 

Claramente, a maior resiliência de uma empresa vem da diversidade. A empresa que já está sacando isso e está criando políticas de RH com foco em diversidade de idades, religião, cultura, tudo isso a enriquece. Porque o sistema monotônico está fadado ao fracasso. A monocultura está fadada ao fracasso. Basta vir uma praga, um fato novo, que devasta tudo de uma vez. Agora, se você é multi, pode dar problema nesse ou naquele outro, mas têm outros tantos que não vão dar problema. Então, é preciso incorporar essa diversidade. 

Para isso, você envolve desde os experts da empresa até a senhora do cafezinho, o quilombola, o pescador da comunidade local. 

Todo mundo tem potencial de enxergar alguma coisa e aportar esse potencial dentro de um processo criativo. Precisamos perder o medo de ouvir as vozes das pessoas que estão fora do estereótipo de que teriam o domínio do conhecimento.

Todo mundo tem um tipo de olhar e de conhecimento valioso para aportar aos processos. Abrir esses espaços de caos seria uma coisa prática a se fazer. 

Uma outra coisa, no Hub Mulher, grupo de que participo, a gente trabalha o tema sociocrático, e vou até mais longe, holocrático. Nós temos um grupo de trabalho em que há dois líderes e um grupo. A holocracia chama de círculo. Em um você pode ser liderado, em outro é líder e, em um terceiro, você não participa porque sente que não tem nada a contribuir. 

Cabe à empresa criar esses círculos, que meio que “pervertem” a hierarquia tradicional, muito baseada em temas como: “Qual é o estudo que a pessoa tem?”, “qual o tempo de liderança que ela tem?”. Tem muito mais a ver com o interesse e com o tanto que a pessoa percebe que pode contribuir com o assunto do que com o que tem de experiência. É uma forma diferente de lidar com a situação.

Que empresas são bons exemplos em gestão bioinspirada no Brasil?

Temos vários exemplos. Eu inclusive brinco que sou caçadora de negócios regenerativos e que promovem a gestão bioinspirada. 

No meu canal no YouTube eu publico vários minidocumentários que mostram isso. Vou citar dois exemplos de empresas pequenas.

  • Uma é a Dobra, do Rio Grande do Sul. Eles produzem carteiras, mochilas e tênis. Funcionam sem hierarquia e a partir de conceitos open source.
  • E outro é o espaço Aflora, um espaço multipropósito em São Paulo que une coworking, eventos, restaurante e terapias holísticas.

Entre as  grandes, vale citar a Mercur, que é uma empresa de materiais hospitalares.

Ela é assim: não faz planejamento estratégico, tem umas rodas de chimarrão que convidam fornecedores e não tem pauta preestabelecida. A pauta vai surgindo conforme os anseios de cada um que está participando. Eles têm o que chamam de direcionadores (um conjunto de princípios que pautam o negócio). A empresa não tem mais meta, é construída dia a dia.

Com exemplos como esses percebemos que essas empresa existem. 

Joseph Bragdon tem um livro que se chama Companies that Mimic Life. Ele criou um laboratório para acompanhar 60 empresas ao longo de dez anos para entender como tinha sido a performance delas na bolsa.

Com isso, percebeu que as empresas que tinham essa estrutura bioinspirada, a gestão bioinspirada, que funcionavam como sistema vivos, historicamente tinham uma forma superior no valor das ações. Isso mostrou de uma maneira bem tangível como é possível, na prática, que essas empresas existam e tenham sucesso. 

De uma forma bem resumida e pragmática, tudo o que você falou sobre gestão bioinspirada tem a ver com boa gestão. Quando você coloca isso como prioridade, começa a cuidar de pessoas. E são as pessoas que vão tocar o negócio para frente. Porém, é difícil promover essa mudança nas empresas. Por quê?

A mudança é difícil porque é preciso mudar o mindset das pessoas e mexer no status quo

Na Dobra, essa empresa que eu mencionei, o salário de todos é igual. Não tem essa de “eu sou o dono”, “eu sou o chefe”, todo mundo ganha a mesma coisa. Ou seja, existe uma transparência. Todo mundo enxerga. Isso é totalmente biomimético. Não existe possibilidade do todo se dar bem se as partes não se darem bem.

O que é comunicação regenerativa?

A comunicação regenerativa propõe que a gente saia da retórica da desgraceira e comece a usar termos positivos. 

Isso é importante porque a gente tem a tendência de fugir de tudo que é negativo. Então, a outra ideia é: como eu faço para ser propositivo? 

Uma das coisas que não percebemos é o quanto usamos termos negativadores em nossa comunicação. Temos o hábito de trazer notícias ruins e não propor nada, o que deixa a pessoa completamente sugada, desempoderada. 

A gente tem um vício de usar palavras que nem percebemos que são negativas, como “problema”. Eu não uso mais essa palavra, eu só uso “desafio”. É um exemplo prático. Tem a ver com ser mais cuidadoso e pensar que as palavras têm energia. 

E como a gente escolhe palavras com uma energia construtiva?

É um exercício muito interessante. Se a gente olhar no noticiário, geralmente a retórica é toda da desgraceira. É “o que falta”, “o que deu errado”… E isso gera medo nas pessoas.

Talvez você esteja se perguntando se deixar isso de lado não é se alienar. Não. Alienar-se é fingir que o problema não existe. Mas você pode falar do problema. Se você o colocar como desafio, não tem uma energia de ação? Por exemplo, o pessoal falava de mudanças climáticas. Agora, já está sendo usado um outro termo, que é “crise climática”. Crise já não te dá uma sensação maior de urgência? 

A comunicação regenerativa vai buscar isso. Vamos sair da retórica da desgraceira, vamos perceber quais são os tipos de palavras e o tipo de construção de frases que a gente usa no dia a dia. E vamos ver se a gente está sempre propondo alguma coisa e tentando fazer com que as pessoas, ao invés de se sentirem desesperadas, desempoderadas, drenadas, se sintam animadas para agir. 

Como você chegou a esse conceito?

A inspiração veio de um colega meu do Schumacher College. Ele trabalhava no marketing do Greenpeace e disse que essa foi uma grande sacada da ONG, que tinha uma abordagem agressiva, falando da desgraça, batendo nas empresas. Mas chegou um momento que eles perceberam que não devia ser assim. 

As pessoas vão proteger o oceano no momento em que se apaixonarem por ele. As empresas vão melhorar no momento em que a gente chegar junto e disser que “podemos ajudá-los com esse problema aqui”, “Tem um problema? Como é que a gente pode trabalhar juntos para diminuir ou minimizar esse problema?”.

E aí, viraram a chave. A comunicação regenerativa é como a gente faz essa virada de chave para se tornar construtivo. 

Há uma frase do Jacques Cousteau que diz: “As pessoas protegem o que elas amam”.

Se você começar a fazer as pessoas se apaixonarem pelas coisas, mostrar pequenas iniciativas que podem ser replicadas em outros lugares, mostrar gente que faz o bem, você começará a transformar a narrativa. Esses exemplos estão por aí. O desafio é conectar os pontos.

Então, por exemplo, quando você se propõe a fazer um portal de conteúdo como A Economia B, você começa a expandir esse negócio todo, e as pessoas começam a se animar. A natureza tem aquilo que chamamos de ripple effect – que é o efeito de ondulação. Você não precisa começar grande, pequenas coisas (uma aqui, outra ali) vão gerando ondulações que começam a entrar no sistema e a modificá-lo.

O que a pandemia  do novo coronavírus ensina sobre a necessidade de mudança nas regras do jogo capitalista?

Uma palavra que eu acho que representa bem a crise da Covid-19 é “caos”, algo que é sempre considerado muito negativo na cabeça das pessoas, mas, se você for olhar na origem mitológica, é uma força criadora. 

Então, da maneira como estamos vivendo, o caos é algo que faz a gente conseguir evoluir de um estado para outro. Não existe possibilidade de evolução sem o caos. Portanto, não temos que temê-lo. 

Para entender melhor, basta olhar para as soluções ágeis que estão surgindo nas empresas. Se não fosse o caos, nós estaríamos na acomodação. E, de repente, esse caos imprevisível forçou a gente a se reinventar [como mostram, inclusive, os diversos exemplos que A Economia B já trouxe aqui e aqui]. Não é um jeito, são vários jeitos ao mesmo tempo.

Como você avalia o momento atual de pandemia e o que ficará disso?

Se a gente olhar historicamente, realmente aconteceram mudanças depois de crises que o mundo viveu. Sejam crises na saúde ou crises financeiras. Mas eu vejo que o ser humano, em alguma medida, não melhorou. A gente se tornou ainda mais abusado com o planeta. 

Tem um cara que é muito subestimado, o ator Russel Brand. Ele tem um programa maravilhoso em que convida pessoas para conversas muito bacanas.

Um dos episódios traz um papo que com Charles Eisenstein, um cara jovem, que é um dos pensadores mais incríveis da atualidade. Ele consegue fazer reflexões muito sofisticadas e traduzi-las e expressá-las de forma muito simples.

Nessa entrevista, ele disse que nós temos nesse momento uns cem futuros possíveis. Alguns legais e outros nem tanto. Temos a oportunidade de escolher bons caminhos. A nossa preocupação terá que ser como fazemos para sustentar esse movimento e evitar que peguemos algum caminho que nos leve a retroceder, como já vimos acontecer. 

Temos que olhar assim: estamos em uma encruzilhada, em um momento em que nós que estamos interessados em empresas B, a galera da sustentabilidade, o pessoal da regeneração e os CEOs ativistas, precisamos agarrar esse touro pelo chifre e buscar perseguir e sustentar esses caminhos bacanas de uma mudança evolutiva. E não – por medo ou por precaução – voltar aos comportamentos tóxicos e nocivos do passado. 

Quando ficamos desesperançosos, abrimos espaço para os falsos gurus e para aquelas figuras carismáticas que são muito manipuladoras. Com isso, vemos algumas tentativas de se fechar em um nacionalismo extremado.

Mudando de assunto, você acredita que o modelo das empresas B é o caminho para o futuro do capitalismo? Para, quem sabe, a gente conseguir salvar o planeta? Ou é algo que talvez seja ainda inatingível para muitas empresas?

Eu vou falar de duas coisas diferentes. 

Eu acho que as empresas B são um grande avanço. Representam empresas que resolveram cair de cabeça na sustentabilidade, assumir mesmo esse compromisso a sério. Essa é uma questão. São legítimas e quiseram abraçar isso genuinamente. 

Só que eu acho que a coisa avançou. Hoje, eu advogo que sustentabilidade não é mais suficiente. Tem que trabalhar a regeneração, que eu rotulei como a próxima geração da sustentabilidade. Só que ela é diferente. Porque a regeneração trabalha com a ideia de que você não vai só fazer menos mal ou consertar o estrago inevitável que foi feito, vai compensar. 

A sustentabilidade trabalha com a ideia de crédito de carbono, plantar árvores. A regeneração não é assim. Na regeneração, eu tenho que transcender o meu negócio e jogar mais vitalidade e mais energia no sistema. Porque só um sistema cheio de vitalidade vai fazer com que a empresa fique bem.

Tanto é que o evento Sustainable Brands esse ano inteiro é sobre regeneração. E o ano passado eu fiquei feliz porque em diversas palestras comecei a ouvir sobre regeneração. O Schumacher College mudou o nome do curso “Economia para Transição” para “Economia Regenerativa”. Então, você vê que a regeneração está criando musculatura e eu acho que, como eu falei, tudo isso é uma jornada que não termina nunca. Você não vai encontrar empresas que estão acertando em tudo, são 100% sustentáveis, 100% regenerativas. Isso é uma intenção, um compromisso que tem que ser perseguido. 

Tem uma outra corrente que é o capitalismo consciente, que trabalha de uma forma mais moderada, mas eu acho que é legal porque eles batem na tecla de que temos que ter mudanças conscientes. Então, eles não pensam apenas no processo, eles pensam também na mudança pessoal dos líderes para isso ser viável. 

Resumindo, é preciso juntar vários pontos.

Eu acho que o Sistema B precisa bater na tecla da regeneração, porque senão corre o risco de ficar muito preso a essa coisa mais funcional da sustentabilidade, que tem um viés bem econômico – que é o triple bottom line e o equilíbrio de forças (planeta, pessoas e lucro). O próprio John Elkington já fala você tem que botar mais vértice no triple bottom line, que é você pensar que não é suficiente só você começar a melhor, mais em linha com a regeneração.

Legal que você citou o John Elkington. No B Corp Summit, eu tive a oportunidade de conversar com ele, e ele falou que passou a contestar o conceito do triple bottom line, que ele mesmo criou, em 1994. Ele disse que não faz mais sentido olhar somente para isso. O mundo não para, e as coisas não param de se atualizar. Quando você vê o próprio autor revendo o seu modelo…

O sistema vivo está sempre em mudança e demanda uma flexibilidade, uma adaptação constante. 

A gente volta para a questão da complexidade. Quando você chega a um estágio que acha que está pronto, já está na hora de mudar de novo. Esse é o novo normal. A gente precisa entender que a natureza está em fluxo. Não é uma máquina que chega a um ponto e acabou. Nós vivemos em estado de fluxo. Senão, estaríamos mortos. Quem não está em fluxo, está morto. 

Para saber mais:

Acesse o site da Regenarrativa e conheça mais sobre o trabalho da Patricia.

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Publicado por
João Guilherme Brotto

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