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França considera taxar roupas de “ultra fast fashion” para compensar impacto ambiental. Governo também planeja proibir publicidade e introduzir um sistema de incentivos financeiros para incentivar moda sustentável

Nesta semana, deputados franceses apresentaram um projeto de lei que visa impor penalidades de até 50% do preço de venda para marcas de moda com uma rotatividade acelerada de produtos, as chamadas ultra fast fashion. Os parlamentares argumentam que essas marcas incentivam gastos excessivos e contribuem para a poluição, impactando negativamente o meio ambiente.

De acordo com informações divulgadas no jornal britânico The Guardian, só na França, cerca de 700 mil toneladas de roupas são descartadas anualmente, sendo que cerca de 66% desse volume vai parar em aterros sanitários.

O projeto de lei menciona especificamente a Shein. Segundo o documento, a ultra fast fashion chinesa oferece 900 vezes mais produtos do que uma marca de moda tradicional francesa. Estima-se que a Shein lance em média 7.200 modelos novos por dia e que tenha cerca de 470 mil produtos diferentes disponíveis para os consumidores.

Em um comunicado enviado à agência de notícias francesa AFP, a Shein afirmou seguir as “melhores práticas internacionais em termos de desenvolvimento sustentável e compromisso social”. 

O que diz o projeto de lei

Para compensar o impacto ambiental das ultra fast fashion, os deputados propõem penalidades de até 10 euros por item vendido, ou até 50% do preço de venda, até 2030. 

O projeto de lei será apresentado ao parlamento francês na segunda metade de março, após discussão em um comitê parlamentar.

Em nota à imprensa, o Ministro do Meio Ambiente da França, Christophe Bechu, anunciou medidas adicionais para reduzir o impacto ambiental da moda. Bechu disse que o governo francês planeja proibir a publicidade de marcas de moda ultra-rápida e introduzir um sistema de incentivos financeiros para tornar a moda sustentável mais acessível.


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Tom Schiebel

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