Inovação

Turbina eólica desativada se torna opção de moradia

“Tiny house” construída a partir de turbina eólica desativada tem 35 m², é autossuficiente em energia e mostra o potencial de reutilização de materiais industriais

Segundo a ONU-Habitat, mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo vivem em condições de moradia inadequadas, sem acesso a serviços essenciais como água potável, saneamento, eletricidade e habitação segura.

Diante desse contexto, é fundamental pensar, planejar e implementar alternativas acessíveis e sustentáveis – como habitações sociais subsidiadas, projetos de habitação cooperativa e incentivos para a construção de moradias de baixo custo. 

Essas iniciativas não apenas ajudam a suprir a demanda habitacional, mas também reduzem a desigualdade, proporcionando a famílias de baixa e média renda a oportunidade de viver em condições dignas e seguras.

Já imaginou morar dentro de uma turbina eólica?

Em outubro, durante a Semana Holandesa de Design, a empresa de energia Vattenfall e o estúdio de design Superuse apresentaram uma solução interessante. Juntos, eles transformaram uma nacela* de turbina eólica desativada em uma “tiny house”.

*Nacela é a parte que fica no topo da turbina eólica e abriga componentes como o gerador e a caixa de engrenagens.

A peça foi convertida em uma habitação compacta, equipada com cozinha, banheiro e área de estar.

A iniciativa destaca o potencial de reutilização de materiais industriais, demonstrando como peças complexas de turbinas podem ganhar nova vida sem serem fundidas.

A tiny house é sustentável, com recursos como bomba de calor, painéis solares e aquecedor solar de água, e foi projetada para atender aos padrões de construção, podendo ser usada como residência ou casa de férias. 

Este projeto faz parte de um esforço maior da Vattenfall para encontrar soluções de reaproveitamento para turbinas eólicas que estão sendo descomissionadas, minimizando o impacto ambiental e conservando recursos. A empresa estima que milhares de turbinas deverão ser desmontadas nas próximas décadas, abrindo oportunidades para reutilização criativa.

Leia também:
ODS 11 e as empresas: o papel do poder privado para uma urbanização sustentável e inclusiva


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Tom Schiebel

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