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7 em cada dez brasileiros querem mais ação climática do governo

7 em cada dez brasileiros acreditam que o país deveria fazer mais pelo combate às mudanças climáticas, aponta Ipsos
Foto de Markus Spiske na Unsplash

Pesquisa realizada em 33 países aponta a população brasileira como uma das mais exigentes quando o assunto é o combate às mudanças climáticas

Você já conversou com amigos, familiares e colegas de trabalho sobre as mudanças climáticas? Se sim, qual é a percepção de vocês sobre o assunto? De que forma acreditam que as autoridades deviam lidar com esse problema? 

De acordo com a pesquisa “Earth Day 2024”, realizada pela Ipsos, sete em cada dez brasileiros acreditam que o governo federal deveria ampliar seus esforços no combate às mudanças climáticas. O Brasil ocupa o 8º lugar nesse ranking. Indonésia (83%), China (81%) e Tailândia (77%) lideram a lista, enquanto nações desenvolvidas como Alemanha, Holanda e Japão apresentam os piores índices.

O levantamento também revela que 40% dos brasileiros acham que o Brasil já é um líder mundial na luta contra as mudanças climáticas. As nações com maiores índices de concordância são China (75%), Índia (73%), e a Indonésia (54%), enquanto os países com menores índices são Japão (12%), Romênia (10%) e Hungria (9%).

Principais conclusões da pesquisa

Na visão da Ipsos, estas são as principais conclusões da pesquisa “Earth Day 2024”:

  • O sentimento de responsabilidade vem diminuindo. Globalmente, 62% dos participantes da pesquisa concordam que “se pessoas como eu não agirem agora para combater as mudanças climáticas, estaremos falhando com as gerações futuras”, queda em relação aos 75% que disseram o mesmo em 2021 A Indonésia lidera esse indicador, com 80%, seguida pela Índia (77%) e Colômbia (77%). O Brasil ocupa a 9ª colocação, com 72%.Além disso, há menos crença de que empresas e governos estarão falhando com as pessoas por não combaterem as mudanças climáticas agora em comparação com três anos atrás.
  • Há um fatalismo entre os jovens. Quase um em cada três homens Millennials (32%) e da Geração Z (30%) concorda que “as mudanças climáticas estão além do nosso controle — é tarde demais para fazer qualquer coisa sobre isso”, enquanto 27% das mulheres Millennials e 23% das mulheres da Geração Z concordam.
  • Você fez a bagunça, você limpa. Quase duas em cada três pessoas acham certo que os países desenvolvidos (como Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha e EUA), que mais contribuíram para a emergência climática produzindo mais emissões de carbono, devem pagar mais para resolver o problema. Ao mesmo tempo, pessoas tanto na França (37%, +4 pontos percentuais desde 2023) quanto no Canadá (32%, +4 pp), em particular, estão cada vez mais sentindo que seu país está sendo solicitado a sacrificar muito para enfrentar as mudanças climáticas.
  • Claro como lama. O levantamento aponta que globalmente, 69% das pessoas acreditam que “se todos fizessem pequenas mudanças em suas vidas cotidianas, isso poderia ter um grande impacto no combate às mudanças climáticas.” No Brasil, o índice de concordância é de 72%.O impacto de um hábito relativamente fácil, como reciclagem, é visto por 34% como uma das principais ações que os lares podem tomar para ter o maior impacto na redução das emissões de gases de efeito estufa, quando na realidade uma escolha de estilo de vida mais drástica, como viver sem carro, faria uma marca muito maior na pegada de carbono de alguém.
  • Informação é poder. É fácil se sentir impotente diante de uma questão tão complexa, mas alguns parecem apenas querer uma orientação. Pouco mais de um terço (37%) dizem que simplesmente ter acesso fácil a informações sobre as medidas que podem tomar todos os dias os encorajaria a agir mais sobre as mudanças climáticas.

A pesquisa completa, em inglês, está disponível aqui.

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