Empresas precisam cumprir requisitos mínimos em sete áreas de impacto e comprovar melhorias contínuas para obter ou manter a certificação B
O B Lab, organização responsável pela certificação B, anunciou recentemente uma reformulação nas regras que determinam quais organizações podem ser reconhecidas como Empresas B.
Além de requisitos básicos, como estar legalmente constituída, assinar a Declaração de Interdependência e adotar uma governança voltada para stakeholders, as empresas não poderão obter a certificação caso tenham mais de 1% de sua receita ligada a setores como combustíveis fósseis, tabaco ou armamentos. Mas talvez a mudança mais estruturante tenha sido na lógica de avaliação adotada pelo B Lab…
Os critérios anteriores baseavam-se em uma pontuação mínima de 80 pontos distribuídos em cinco áreas. A partir de agora, as empresas precisam cumprir requisitos obrigatórios em sete áreas prioritárias – sem possibilidade de compensar baixo desempenho em uma área com excelência em outra. Os sete “Tópicos de Impacto” são:
As mudanças foram desenvolvidas ao longo de quatro anos, com a participação ativa de empresas B, especialistas e organizações da sociedade civil. O B Lab recebeu mais de 26 mil contribuições durante o processo, o que reforça o caráter colaborativo e global da reformulação.
As exigências variam conforme o porte, o setor e a localização da empresa, com critérios mais rigorosos para companhias com mais de mil funcionários ou faturamento anual acima de US$ 350 milhões. Essas empresas também precisarão apresentar planos para rastrear impactos ambientais e de direitos humanos em suas principais matérias-primas, relatar diferenças salariais entre gêneros e incluir metas socioambientais nos incentivos aos executivos.
As novas regras exigem ainda que as empresas evoluam ao longo do tempo, com marcos obrigatórios de melhoria a serem cumpridos no terceiro e no quinto ano após a certificação. A exigência de melhorias contínuas visa garantir que as empresas B mantenham um alto padrão de impacto e se adaptem aos desafios sociais, ambientais e regulatórios crescentes.
Além disso, as novas diretrizes buscam se alinhar a padrões internacionais, como a Global Reporting Initiative (GRI), European Sustainability Reporting Standards (ESRS), Fairtrade International e outras referências globais em ESG.
A transição para o novo modelo será gradual: empresas já certificadas poderão seguir o padrão anterior até 2028. Candidatas novas têm até 31 de dezembro de 2025 para tentar a certificação ainda com os critérios antigos.
Se sua organização está considerando a certificação B ou busca caminhos para aumentar seu impacto positivo, confira outros conteúdos que já publicamos sobre o tema:
Leia também:
Empresas B: o que são e por que são tão importantes para o futuro do planeta
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