Documento propõe diretrizes e oportunidades para facilitar o financiamento de projetos de adaptação e resiliência climática antes da COP29
Cada dólar investido em adaptação climática pode gerar até 12 dólares em benefícios econômicos, aponta o relatório The Adaptation Economy, do Standard Chartered.
Apesar disso (e de os eventos climáticos extremos estarem cada vez mais frequentes), “o financiamento para adaptação e resiliência climática apresenta um déficit crítico”, disse, em nota enviada à imprensa, Bruno Youssif, sócio-diretor de ESG para serviços financeiros da KPMG no Brasil.
Na visão dele, os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento precisam de mais recursos para enfrentar o clima extremo, por isso o capital deve se mover na direção certa.
No Brasil, por exemplo, Youssif destaca que bancos comerciais e investidores privados têm a oportunidade de liderar pelo exemplo, incorporando a adaptação e a resiliência em seus fluxos financeiros.
Guia para adaptação e resiliência climática
Tendo esse contexto como ponto de partida, a KPMG, em parceria com o Standard Chartered e o Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres, lançou o Guide for Adaptation and Resilience Finance, guia que busca incentivar investimentos em adaptação e resiliência climática.
Destinado a investidores e instituições financeiras, o documento identifica mais de 100 atividades elegíveis para investimentos climáticos, entre elas: tecnologias de agricultura resiliente, proteção contra enchentes, soluções de armazenamento de energia renovável e projetos de conservação.
Elaborado com o apoio de várias instituições financeiras e bancos multilaterais, o guia busca trazer clareza e alinhamento para o setor, facilitando a tomada de decisões por meio de diretrizes baseadas em melhores práticas.
Entre as ações propostas estão:
- Estabelecimento de uma referência para adaptação e resiliência ao listar temas e atividades elegíveis ao financiamento, o que proporciona transparência e alinhamento para o setor.
- Simplificação da tomada de decisão ao aplicar princípios e orientações baseadas nas melhores práticas adotadas no financiamento para adaptação e resiliência climática.
- Identificação de investimentos prioritários com destaque para a redução de emissões, proteção e conservação da natureza, benefícios de adaptação e resiliência, entre outros temas.
→ O guia na íntegra, em inglês, está disponível aqui.
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