ODS

Não é um ar-condicionado, mas pode ajuda a lidar com o calor extremo

Aplicativo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Sydney (Austrália) oferece aos usuários sugestões de como lidar com o calor extremo

O agravamento da crise climática pode gerar uma série de problemas para a sociedade. 

No meio ambiente, por exemplo, o aumento no número e na intensidade de eventos como queimadas, tempestades, furacões e ondas de calor ameaça diversos ecossistemas. 

Na saúde humana, há danos tanto físicos quanto mentais que já são amplamente difundidos (e cada vez mais comuns). Enquanto o medo de uma catástrofe ambiental pode, dentre outras coisas, levar à “ansiedade climática” – que afeta principalmente os mais jovens –, a exposição ao calor excessivo aumenta o risco de doenças graves. Isso só para citar dois exemplos.

Inclusive, a Organização Mundial Saúde estima que, entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas causarão 250 mil mortes anualmente. Nesse cenário, os custos dos danos à saúde causados diretamente pelo clima devem ficar entre US$2-4 bilhões por ano até o fim desta década.

Durante a Next Conference 2023, João Guilherme Brotto, cofundador d’A Economia B, conversou com Parneet Pal, médica canadense especialista no assunto.

Na entrevista, ela falou sobre a relação entre a saúde do planeta e a saúde humana e explicou como as mudanças climáticas podem afetar a saúde mental e até a nossa capacidade de tomar decisões. A cobertura da palestra de Parneet e a entrevista que João fez com ela estão aqui.

Nesse contexto, a tecnologia pode ser uma aliada para mitigar riscos e proteger a saúde humana.

Leia também: A economia centrada na vida como caminho para contornar a policrise

HeatWatch: conselhos personalizados para lidar com o calor

HeatWatch é um aplicativo que funciona como uma ferramenta para ajudar as pessoas a lidarem com o calor extremo e está em fase de testes em Sydney (Austrália).

O app usa dados climáticos ambientais de código aberto para prever o risco de calor de acordo com a localização, levando em conta não apenas a temperatura, mas também a velocidade do vento, a umidade relativa do ar e a radiação solar.

Com base nesses dados e em informações de cada usuário – como localização, idade, condições de saúde e vestuário –, o HeatWatch então calcula o risco de saúde e oferece sugestões individualizadas

Entre as sugestões feitas pelo app estão: abrir (ou fechar) janelas, beber água, usar roupas leves, planejar seu dia e até desligar o ventilador.

“Na maioria das vezes, quando a temperatura ultrapassa os 40 graus, ventiladores passam a ser prejudiciais”, explicou Ollie Jay, diretor do Heat and Health Research Incubator (responsável pelo desenvolvimento do app), em entrevista ao portal australiano 9news.

“A função de previsão de sete dias ajuda o usuário a planejar a sua semana e a tomar decisões inteligentes. Por exemplo, uma pessoa mais velha pode adiar uma ida ao supermercado até o final do dia, quando as condições são menos extremas, ou os jovens adultos podem deixar o futebol no parque para mais tarde”, diz Jay, em nota.

Apesar de o HeatWatch servir como aliado em dias de calor extremo, a equipe do Heat and Health Research Incubator enfatiza que ele serve como uma ferramenta informativa, não substitui o aconselhamento médico profissional.

Leia também: Quem canta as mudanças climáticas espanta


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Redação A Economia B

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