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Entenda como o setor privado pode contribuir para o avanço da igualdade de gênero e conheça algumas instituições que estão agindo para garantir que as mulheres tenham seus direitos garantidos durante a crise de Covid-19.
Este conteúdo faz parte da série Pandemia de Covid-19 e os ODS. Clique aqui e confira todos os artigos sobre o impacto dessa crise na Agenda 2030 já publicados.
No quinto artigo da série sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mostramos como essa crise está evidenciando e, em alguns casos, agravando ainda mais a desigualdade de gênero global.
Ou seja, os efeitos sociais e econômicos da pandemia de Covid-19 afetam de maneira especialmente dura a população feminina!
Nesse cenário, qual é o papel do setor privado e como as empresas podem contribuir para o avanço da igualdade de gênero – durante e depois da pandemia?
É disso que se trata este artigo. Continue a leitura e conheça exemplos inspiradores nesse sentido.
Garantir a proteção e o acesso equitativo a oportunidades para mulheres e meninas é papel de todos – governos, empresas e sociedade – e precisa estar no centro das respostas de recuperação dessa crise.
Para o poder privado, essa é uma questão relevante porque está diretamente relacionada à reabilitação e ao desenvolvimento do mercado durante e após essa crise.
A ONU Mulheres alerta, por exemplo, que a violência contra mulheres e meninas aumentará o impacto econômico da Covid-19. Afinal, antes da pandemia, o custo global da violência contra as mulheres havia sido estimado em aproximadamente US$ 1,5 trilhão. Porém, esse número só aumentara à medida que a violência também cresce por conta da pandemia.
Então, o que as empresas podem fazer para contribuir com essas metas? Estas são algumas possibilidades:
Já existem muitas empresas trabalhando para fazer com que mulheres em vulnerabilidade (psicológica, social e econômica) tenham seus direitos garantidos durante a crise de Covid-19. Caso, por exemplo, das três que apresentamos a seguir. Acompanhe!
Em parceria com a Aliança Empreendedora, a Danone desenvolveu o projeto Kiteiras, um programa de venda porta a porta com foco no desenvolvimento profissional de mulheres de comunidades menos favorecidas. Segundo a empresa, em 2019, o Kiteiras injetou cerca de 11 milhões de reais nas comunidades brasileiras, com a venda de mais de 2.400 toneladas de iogurtes.
Contudo, durante a pandemia, muitas das participantes do programa tiveram suas rendas prejudicadas. Para apoiar as empreendedoras, a Danone está oferecendo o Auxílio Kiteiras 2020, uma iniciativa que vai beneficiar mais de 2 mil Kiteiras que estão sendo impactadas econômica e socialmente pela pandemia.
Essa é uma startup de impacto social que usa tecnologia para transformar a relação entre adultos e crianças, famílias e empresas. Do planejamento familiar, passando pela licença-maternidade, à volta ao trabalho e aos primeiros anos de vida da criança, a Bloom atua como parceiro estratégico de organizações para que elas possam ajudar seus colaboradores na jornada da parentalidade. Em meio à pandemia, em que muitas famílias e empresas tiveram que aprender a conciliar a vida doméstica com o trabalho remoto, esse serviço pode ser uma ajuda e tanto.
A startup já atendeu mais de 30 mil famílias, e beneficia as mulheres de diferentes formas:
Por meio do Instituto Avon, o grupo Natura &Co (que contempla as marcas Avon, Natura, The Body Shop e Aesop) desenvolveu o programa Você Não Está Sozinha. O projeto traz um plano de ações coordenadas em parceria com mais de 10 instituições da iniciativa privada, da sociedade civil e do setor público com o objetivo de mitigar os impactos do isolamento na vida de mulheres e meninas por meio da prestação de serviços essenciais para cidadãs em situação de violência.
A iniciativa, que oferece diversas ferramentas para denúncias e também apoio e acolhimento a vítimas de abuso em isolamento social, tem o objetivo de trazer visibilidade para o problema da violência doméstica durante a pandemia.
Essa é uma startup tecnológica que atua no combate à violência contra as mulheres. A empresa tem um aplicativo que conecta mulheres que precisam de ajuda com outras mulheres que desejam ajudar de forma voluntária.
Além disso, a Mete a colher também oferece serviços treinamentos corporativos sobre empoderamento feminino e violência doméstica, trabalhando a sensibilização, a orientação e a prevenção de abusos. E ainda, visando aumentar a igualdade de gênero na área de tecnologia, a startup realiza workshops introdutórios sobre programação para meninas e mulheres em empresas e escolas.
Além de se inspirar nos negócios acima para criar iniciativas voltadas à igualdade de gênero, outra forma de contribuir para o avanço das mulheres em diferentes áreas é apoiando ONGs que atuam diretamente nessa causa.
Os dois projetos listados abaixo são exemplos de como o apoio a ONGs pode contribuir para que o ODS 5 continue evoluindo, mesmo durante a pandemia.
Esta rede de solidariedade conecta mulheres que sofrem ou sofreram violência de gênero a psicólogas e advogadas dispostas a ajudá-las de forma voluntária.
No contexto da pandemia do coronavírus, em que as mulheres estão mais expostas à violência doméstica, essa é uma plataforma fundamental para garantir a segurança e o apoio às vítimas de abuso.
A ajuda a esse projeto pode ser feita em forma de doações mensais ou por meio do trabalho voluntário, caso você atue na área de psicologia ou advocacia.
O projeto Mães da Favela ajuda famílias lideradas por mulheres que tiveram seu sustento afetado pela pandemia. Até o momento, o programa já beneficiou cerca mais de um milhão de famílias, em 5 mil comunidades. Ao todo, 4,7 milhões de pessoas foram beneficiadas com 15 milhões de toneladas de alimentos.
Para apoiar o projeto, é possível fazer doações em dinheiro, que será revertido para a compra de cestas básicas. Empresas também podem doar produtos de necessidades básicas.
Depois de ler os dados e as informações relacionados ao impacto da pandemia nas mulheres, fica claro como a desigualdade de gênero está sendo agravada com a crise social, econômica e sanitária que estamos enfrentando.
Então, mais do que nunca, agir para atingir as metas do quinto objetivo da Agenda 2030 se torna ainda mais necessário – não somente para superar esse momento difícil, mas, principalmente, para construirmos um futuro mais igualitário e resiliente para mulheres e meninas.
É inegável que este e vários outros ODS sofreram/estão sofrendo com a crise gerada pelo novo coronavírus. Porém, iniciativas como as que apresentamos aqui (e nos demais artigos desta série) mostram que é possível unir forças e, um passo por vez, chegar mais perto de atingir os objetivos traçados pela ONU.
Por fim, queremos que as histórias apresentadas e as reflexões propostas por aqui o ajudem a encontrar formas de fazer a sua parte – seja individualmente, apoiando causas que apoiam e empoderam mulheres e meninas, ou por meio de ações empresariais focadas nessa causa.
Conhece ou trabalha em uma empresa que está agindo para amenizar o impacto da crise da Covid-19 no ODS 5? Deixe um comentário com sua indicação ou entre em contato conosco. Essa é uma lista viva e poderá ser atualizada com as suas sugestões.
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